Filipa Loureiro em destaque em Jornal Regional

Filipa Loureiro pratica lutas amadoras

De “horrorizada” a bicampeã nacional

Tornou-se campeã nacional logo no primeiro ano em que praticou lutas amadoras. Se isto não é talento, então o que será? Muitos poderão dizer que foi sorte de principiante, mas a verdade é que Filipa Loureiro, a jovem de 15 anos de Martim que pratica, há menos de dois, lutas amadoras, precisamente na Casa do Povo de Martim, provou, este ano ao tornar-se bicampeã nacional na categoria dos 60kg, que de principiante pouco terá. Será mais talento, um jeito especial para a modalidade e, claro, gosto pelo que faz. Mas desengane-se quem possa pensar que se apaixonou pelas lutas amadoras num piscar de olhos. O irmão, alguns primos e a melhor amiga – tricampeã nacional de quem já lhe demos conta a 9 de Julho, Inês Oliveira – já praticavam lutas amadoras e foi isso que fez Filipa experimentar e a reacção dificilmente poderia ter sido pior: “A primeira vez que pisei o tapete fiquei horrorizada, cheia de medo”. É certo que não foi num piscar de olhos, mas também não levou muito tempo até que Filipa Loureiro se deixasse vencer pelas evidências. “Depois, quando se começa a lutar, esquece-se tudo à volta. Aliás, às vezes, nem sequer ouvimos o que o nosso treinador (Carlos Rodrigues) nos está a dizer. Entramos numa espécie de bolha de tão concentrados que estamos”, explicou a jovem ao Barcelos Popular.


Tal como a melhor amiga, também Filipa tem uma opinião – sentida, ou não, na própria pele – quase romântica da modalidade. Ao longo dos quase dois anos em que pratica lutas amadoras, as lesões foram praticamente insignificantes, tendo sofrido apenas uma pequena lesão num joelho. Contudo, confessou, “foi mais um susto que outra coisa”. Parou umas semanas e retomou com toda a força aquela que já se tornou uma paixão. Também nas lesões, a bicampeã nacional disse que, o facto de nunca ter sofrido nada de grave, não se tratou de sorte, mas de uma realidade vivida nas lutas amadoras: “Não usamos protecção nenhuma, a única coisa que costumamos usar é, se for necessário, umas pequenas ligaduras nos joelhos ou nos pulsos, de resto não usamos nem precisamos de mais nada, porque isto pode parecer um desporto violento, mas não é, são poucas as lesões que acontecem”. Filipa Loureiro falou assim porque pratica e conhece a modalidade, por isso, apela a que mais jovens experimentem antes de tirarem conclusões. “Isto é tanto uma modalidade para meninas como para rapazes (lutas greco-romanas), que nos ajuda na auto-estima e na força física”, além, claro, da possibilidade em ajudar a aliviar o stress e a manter e a criar amizades. “Espero que seja um desporto que evolua e que toda a gente saiba que ele exista”, deixou como mensagem.

Fonte: Barcelos Popular
Texto: Olga Costa
Foto: Olga Costa

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