Portugal faz balanço positivo a meio da prova

Rui Pinheiro, chefe da missão portuguesa, acredita que o registo ainda pode ser melhorado.

A meio das competições dos Jogos Surdolímpicos, e com duas medalhas conquistadas, a missão portuguesa na Bulgária faz um balanço positivo do desempenho dos atletas lusos e lamenta as lacunas existentes ao nível organizacional.

«O balanço até hoje é extremamente positivo, por várias razões: os resultados têm correspondido às aspirações, tem-se verificado um crescimento de um conjunto de novos atletas e o ambiente do grupo é muito positivo», disse o presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP).

Humberto Santos admite que ao nível organizacional verificam-se algumas lacunas, que levaram já a que a missão portuguesa se tivesse «reforçado internamente para fazer face às contingências».

«Do ponto de vista organizacional não estamos muito satisfeitos, mas decidimos não levantar essas questões, porque agora o importante é que os atletas tenham condições para competir», disse.

Rui Pinheiro, chefe da missão portuguesa em Sófia, também considera que «as condições poderiam ser melhores, sobretudo ao nível de transportes e locais de competição».

No entanto, lembra que a Bulgária organizou a competição em apenas 10 meses, após as desistências da Grécia e da Hungria, e garante que Portugal já se mostrou disponível para ajudar a organização «no que puder».

Em Sófia, e com cinco dias de competições, Portugal conseguiu duas medalhas - uma de ouro e outra de bronze - faltando outras duas para igualar o «objetivo inicial» de conseguir quatro pódios.

«Antes dos Jogos, quando me perguntaram sobre medalhas, disse que queria igualar as quatro conseguidas em Taipé. Hoje estamos a meio e conseguimos duas, estamos taco a taco», refere Rui Pinheiro.

O chefe de missão lembra, no entanto, que o lutador Hugo Passos, que conseguiu duas medalhas há quatro anos - uma na luta greco-romana e outra na luta livre -, este ano só competiu numa prova, na qual conseguiu a medalha de ouro.

Rui Pinheiro acredita que, no judo, Joana Santos, atual campeã mundial e surdolímpica, pode chegar às medalhas, tanto na prova de -63 quilos, como no open, mas lembra que «o nível competitivo da modalidade tem aumentado muito».

O chefe de missão afirma que, na natação, Portugal «tem uma equipa muito jovem e sem experiência internacional, que tem conseguido melhorar marcas pessoais e alguns recordes nacionais».

Além da medalha de ouro de Hugo Passos, que se sagrou tetracampeão surdolímpico de luta greco-romana na categoria de -66 quilos, Portugal conseguiu também uma medalha de bronze no taekwondo, através de Hélder Gomes, que repetiu, na categoria -80 quilos, o pódio conseguido há quatro anos.

Portugal estreou-se em competições surdolímpicas precisamente em Sófia, há 20 anos, tendo então conseguido duas medalhas de prata, através de uma representação composta por nove atletas, que competiram em três modalidades.

A melhor prestação lusa foi conseguida há quatro anos, em Taipé, onde Portugal esteve representado por 15 atletas, que conquistaram quatro medalhas (duas de ouro e duas de bronze).

Em Sofia, Portugal está representado por 13 atletas, que competem em sete das 18 modalidades do programa dos Jogos Surdolímpicos.

Conteúdo publicado por SportInforma c/ Lusa

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